Um novo estudo publicado na revista Social Cognitive and Affective Neuroscience descobriu que a antipatia materna na infância pode estar associada a reações cerebrais anormais à antecipação de recompensas sociais na idade adulta. Os pesquisadores analisaram dados de ressonância magnética funcional de 22 adultos jovens que relataram altos e baixos níveis de antipatia materna na infância e descobriram que aqueles que relataram altos níveis de antipatia materna exibiram uma resposta cerebral anormal à antecipação de recompensa social na forma de aumento da atividade em uma região do cérebro chamada ínsula anterior.
De acordo com o autor principal do estudo, Shota Nishitani, pesquisador de pós-doutorado na Universidade de Tsukuba, a pesquisa sugere que as experiências emocionais adversas na infância podem moldar a maneira como as pessoas antecipam as recompensas sociais na idade adulta, o que pode ter implicações para a saúde mental e o bem-estar social. Nishitani também acrescentou que a antipatia materna está associada a uma resposta aberrante à antecipação de recompensas sociais em adultos jovens, mesmo quando consideramos as diferenças individuais em ansiedade social e depressão.
Os pesquisadores também descobriram que a antipatia materna estava associada a uma resposta anormalmente baixa à antecipação de recompensa em outra região do cérebro chamada estriado ventral. Eles explicaram que essa descoberta pode indicar que a antipatia materna está associada a uma dificuldade em integrar informações emocionais e motivacionais, o que pode prejudicar a formação de expectativas precisas sobre eventos futuros.
Os pesquisadores acreditam que essas descobertas têm implicações importantes para a terapia de pessoas que sofreram experiências emocionais adversas na infância, como a antipatia materna. Além disso, o estudo pode ajudar a entender melhor como o cérebro processa as informações emocionais e motivacionais relacionadas às recompensas sociais, proporcionando insights valiosos para a saúde mental e o bem-estar social.
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