Você sabia que aquela colherzinha a mais de açúcar no café pode estar prejudicando sua capacidade de pensar com clareza? Estudos recentes revelam uma correlação alarmante entre o consumo excessivo de açúcar e a queda no desempenho cognitivo e conquente redução dos níveis de inteligência.
Isso porque pesquisas científicas apontam que o açúcar em excesso pode desencadear alterações na composição da microbiota intestinal, afetando negativamente a função cerebral.
O que uma coisa tem a ver com a outra? Bem, boa parte dos nutrientes e neutransmissores só são obtidos pelo cérebro a partir do trabalho initerrupto das bactérias que habitam o intestino.
Acontece que cada conjunto de bactérias sobrevive de determinado tipo de alimento. Quando a dieta é equilibrada e contém alimentos para as espécies de bactérias fundamentais para o desempenho intelectual, tudo funciona perfeitamente.
Entretanto, quando você desequilibra a relação ingerindo uma quantidade excessiva de açucar, a relação entre as espécies bacteriana pode ser afetada – e, com isso, prejudicar o suprimento de neurotransmissores e nutrientes utilizados pelo cérebro em seus processos cognitivos.
A fermentação do açúcar pelas bactérias intestinais, por exemplo, pode resultar na produção de substâncias pró-inflamatórias, como ácido butírico, o ácido propiônico e o ácido acético, levando a um aumento da inflamação corporal e a uma maior permeabilidade da barreira intestinal.
Essas condições facilitam a passagem de compostos prejudiciais para o sistema circulatório, atingindo o cérebro e contribuindo para o acúmulo de compostos beta-amilóides, que são associados a doenças neurodegenerativas
O açucar, de acordo com pesquisas científicas, é um elemento com energia suficiente para provocar um desequilíbrio entre a quantidade de bacteroidetes e Firmicutes. Ambas são necessárias, mas, ao metabolizar os alimentos, produzem substratos diferentes.
As firmicutes estão conectadas com o desencadeamento de processos inflamatórios. Elas também estão associadas a um aumento da permeabilidade intestinal. Estas bactérias reagem melhor quando o ambiente intestinal está sobrecarregado de açucar.
Por outro lado, quando o ambiente instestinal possui uma relação mais otimizada de açucar, há uma tendência maior de as bacteroides aumentarem sua população. Os bacteróides estão ligadas a um desempenho melhor das sinapses, o que aumenta os níveis cognitivos e, consequentemente, a inteligência.
A boa notícia é, portanto, que podemos tomar medidas para proteger nosso cérebro e preservar nossa inteligência. Reduzir o consumo de açúcar e optar por uma dieta equilibrada, rica em nutrientes essenciais, pode ajudar a melhorar o desempenho cognitivo e promover uma saúde cerebral duradoura.
Então, da próxima vez que você estiver prestes a saborear aquele doce tentador, lembre-se dos efeitos negativos que o açúcar pode ter em seu cérebro. Faça escolhas conscientes e cuide da sua mente. Afinal, um cérebro saudável é a chave para uma vida plena e produtiva.