Em qual idade uma criança deve saber fazer escolhas?

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O surpreendente poder dos cães no desenvolvimento cognitivo humano

Um estudo recente revelou que interagir com cães, especialmente através de brincadeiras e caminhadas, melhora significativamente o relaxamento e a concentração. A pesquisa, utilizando EEG, analisou os efeitos de oito atividades diferentes com cães sobre a atividade cerebral, observando reduções notáveis em estresse, depressão e fadiga. Este trabalho sugere que variadas interações com cães influenciam de forma única o bem-estar, abrindo caminho para terapias assistidas por animais mais eficazes. Com 30 adultos participantes, o estudo destacou como certas atividades com cães podem promover um melhor humor e redução do estresse, oferecendo insights importantes para otimizar a terapia assistida por animais.

A pergunta pode ser até despretensiosa, mas que guarda importante recado. Afinal, existe uma idade para que as crianças comecem a ter consciência das consequências de suas escolhas?

Alguns estudos sobre desenvolvimento cognitivo dizem que quanto mais cedo uma criança desenvolver a capacidade de fazer boas escolhas, melhor. Portanto, quanto mais cedo uma criança souber quantificar os pesos de suas decisões, melhor desempenho ela terá ao longo vida.

É importante que tenhamos em mente que o processo cognitivo se desenvolve cumulativamente, como uma espiral. Ou seja, o aprendizado de um nova experiência vai influenciar nas decisões sobre uma futura experiência. Por isso, saber fazer escolhas pode afetar o destino das crianças.

Isso ficou claramente constatado em um estudo intitulado o dilema do marshmallow, que submeteu diversas crianças a uma decisão muito difícil: comer um doce imediatamente ou não tocar na guloseima por “infindáveis” 15 minutos para receber dois doces – uma escolha muito difícil para elas.

Após submeter as crianças ao teste, os pesquisadores passaram a acompanhar a vida dos que decidiram esperar e dos que imediatamente devoraram o doce.

O resultado desse estudo mostrou que os integrantes dos dois grupos tomaram destinos totalmente diferentes na vida. Aqueles que controlaram o impulso e escolheram esperar por uma recompensa maior tiveram, durante a vida, melhor desempenho escolar, social e financeiro.

Por que isso ocorreu?

A resposta é relativamente simples. Essas crianças aprenderam a tomar decisões melhores, mais vantajosas e elas foram se acumulando durante a vida, resultando em um desempenho acumulado melhor.

A conclusão desta pesquisa é um forte incentivo para que os pais possam explicar às crianças as consequências de suas decisões. Com isso, elas poderão compreender melhor a importância de fazer uma boa escolha. Mostre às crianças que, por exemplo, controlar os impulsos pode trazer boas vantagens, já que as crianças poderão ter recompensas melhores no futuro.

Este tipo de aprendizagem é importante, por exemplo, para ensinar crianças a economizar dinheiro. Muitas crianças, quando chegam na juventude, por exemplo, sofrem por não ter uma disciplina que as ajudem a tomar decisões sobre dinheiro. Com isso, elas perdem oportunidades e desempenho.

Por outro lado, quando sabem decidir corretamente desde a infância, ao chegar na juventude, as crianças já sabem o valor da acumulação para gerar maior poder de decisão e melhores recompensas.

O que dizem os especialistas?

Para a psicóloga positivista e autora do livro Garra: O poder da paixão e da perseverança, Angela Duckworth, da Universidade da Pensilvânia (EUA), os aspectos fundamentais do processo de desenvolvimento cognitivo para a tomada de decisão passam pelo aprimoramento das competências em resistir aos percalços da vida e se autodisciplinar para o gerenciamento das ações a serem tomadas, sem deixar de lado a paixão que a vida oferece. 

Duckworth argumenta que a “garra” é um preditor mais preciso do sucesso do que o QI ou talento. Segundo ela, as pessoas com “garra” são capazes de manter seu foco em metas de longo prazo e persistir em face de dificuldades, uma habilidade extremamente útil em quase todos os aspectos da vida.

Em seu trabalho, Duckworth enfatiza a importância da prática deliberada – trabalhar de forma focada e consciente para melhorar em áreas específicas. Isso pode envolver a tomada de decisões, como escolher como alocar o tempo de estudo ou decidir como lidar com um problema difícil.

Já a Dra em psicologia Carol Dweck, autora do livro Mindset: A nova psicologia do sucesso, encoraja pais educadores a nutrir uma mentalidade de crescimento em crianças, ajudando-as a entender que erros e falhas são oportunidades para aprender e melhorar. Isso, por sua vez, pode ajudar as crianças a tomar decisões mais eficazes, pois elas estarão menos propensas a evitar desafios por medo de falhar e mais propensas a escolher abordagens e atividades que maximizem seu aprendizado e crescimento.

De modo geral, a idade apropriada para uma criança começar a tomar decisões por si mesma depende da maturidade da criança, do tipo de decisão e do ambiente em que ela se encontra. As crianças podem começar a tomar pequenas decisões (como que roupa usar ou que lanche escolher) em uma idade bastante jovem, e gradualmente assumir mais responsabilidade por decisões maiores à medida que crescem e se desenvolvem.

 

Processo contínuo de desenvolvimento cognitivo

O desenvolvimento cognitivo é um processo contínuo que se estende desde o nascimento até a idade adulta. Ele é influenciado tanto por fatores biológicos, como a maturação do cérebro e os genes, quanto por fatores ambientais, como a educação, a cultura e as interações sociais.
A qualidade das experiências, de acordo com neurocientistas, afeta diretamente o desenvolvimento das redes neurais que, quando interconectadas, entregam ao indivíduo suas habilidades em tomar decisões. 
Portanto, tenha sempre como objetivo, oferecer à criança um ambiente estimulante. 

As fases de desenvolvimento do cérebro humano

Aqui estão os marcos importantes no desenvolvimento cognitivo e as idades aproximadas em que eles geralmente ocorrem:

  1. Desenvolvimento inicial do cérebro (in utero até cerca de 2 anos): Durante este tempo, o cérebro está crescendo rapidamente e formando conexões neuronais (sinapses) a uma taxa impressionante. Este é um período crítico para o desenvolvimento sensorial e motor.
  2. Desenvolvimento pré-escolar (2-5 anos): Nesta fase, as crianças começam a desenvolver habilidades de pensamento mais complexas. Eles começam a entender símbolos e podem usar a linguagem para expressar seus pensamentos e sentimentos. O jogo simbólico, como fingir ser um personagem, também é comum nesta fase.
  3. Idade escolar (6-12 anos): Durante esta fase, as crianças começam a pensar logicamente sobre o mundo ao seu redor. Elas começam a entender conceitos como causa e efeito, tempo e comparação. Esta é também a fase em que as crianças começam a adquirir habilidades de leitura e matemática.
  4. Adolescência (13-19 anos): Este é um período de rápido desenvolvimento cerebral, especialmente no córtex pré-frontal, a área do cérebro responsável pelo pensamento complexo, tomada de decisão e controle de impulsos. Os adolescentes começam a pensar de forma mais abstrata e a considerar possibilidades futuras.
  5. Início da idade adulta (20-25 anos): O desenvolvimento do cérebro continua até os vinte e poucos anos, especialmente no córtex pré-frontal e nas áreas do cérebro envolvidas na regulação das emoções.

Referências:

  1. Piaget, J. (1952). “The Origins of Intelligence in Children“. New York: International University Press.

  2. Johnson, M. H. (2001). “Functional brain development in humans“. Nature Reviews Neuroscience, 2(7), 475-483.

  3. Huttenlocher, P. R., & Dabholkar, A. S. (1997). “Regional differences in synaptogenesis in human cerebral cortex“. The Journal of Comparative Neurology, 387(2), 167-178.

Outros Estudos

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As histórias dos Livros da série Noites com letras são “interligadas”. Isso prendeu a atenção do meu filho deixando-o tão empolgado que não queria dormir pra ler mais historinhas. Gostamos demais!

5/5

“Meu filho adorou! E eu também!”

4.2/5

Uma leitura dinâmica que trabalha sutilmente a verdade com a paz, usando o argumento como benefício ao todo . Desperta para a compreensão e a empatia.

5/5